Palavras que Brotam

30 março, 2006

Oferta Irrecusável


"I'll make him an offer he can't refuse!"


Existirão mesmo propostas irrecusáveis?
Haverá sempre escolha ou alternativa? Ou, por vezes, a alternativa não é opção?

29 março, 2006

Instante Urbano

Na carruagem do Metro, agora semi-vazia, medita sobre si, tentando afastar de vez os problemas do rebuliço profissional...pelo menos, até ao dia seguinte. O lugar comum de que se pode estar muito sozinho no meio de outros, assola-o. O silêncio instalado entre os passageiros, ensurdece-o, à medida que as estações se vão sucedendo, sem novidade. "Quem és, de onde vens e para onde vais?", interroga-se. A recordação da resposta pronta de El Mano Sadino sob a ameaça de arma, fá-lo esboçar um sorriso solitário, no meio da floresta de rostos desprovidos de expressão. A ausência de respostas dentro de si ás questões mais profundas, leva-o a inspirar-se no boémio poeta, pelo menos para se decidir no imediato: "É isso mesmo. Vou beber um copo com os amigos, hoje!". E foi.

Podemos não ter a resposta para tudo, ás vezes nem sequer saber bem o que andamos cá a fazer, mas o convívio com os amigos é um poderoso bálsamo e - só por si - uma razão mais que válida para...sorrir para a vida.

28 março, 2006

Reflexões

De reflexão, é o momento
Grave, solene, silêncio escuro
Olhar distante, ausente, voando entre situações passadas
Implacável juiz de decisões antes tomadas e agora reflectidas
São caminhos, são escolhas, são vidas!
Sobrolho franzido, soçobrado ante o peso da divagação
Dúvidas, angústias, encruzilhadas...como pode ser tortuosa a estrada da decisão!
Caminharei sozinho, triunfante, sobre os destroços da desilusão
Dos enganos, muitos, que experimentei
Das mágoas - tantas! – que carreguei
Dos becos sem saída onde parei, dos buracos de onde parecia não haver saída!
De tudo escapei, a tudo sobreviverei
Fica a sabedoria, a experiência...a vida!

27 março, 2006

E porque não, pá?

Some people see things as they are and wask "why?"
I dream on things that never were and say..."why not?"

Bernard Shaw

Brilho Escuro ?

Recuperei este poema de um blog que costumo visitar. Pronto, OK, há que exercitar a veia criativa, mas como estou a começar, falta alguma massa crítica.
O título do post era (é) "Brilhas" e na altura saiu-me este comentário.

BRILHO ESCURO ?

No canto dos teus olhos, vejo um brilho fascinante e infame,
mais brilhante que cem estrelas,mais irresistível que mil buracos negros,
que me transporta para longe,que me faz perder o ar.

Vejo quem és, vejo quem sou e o que queria ser,
vejo a novela, o filme e a reportagem,
vejo-te a ti e vejo-me a mim, vejo-nos a nós e vejo-os aos outros.
Vejo o que vejo e vejo o que quero ver,
vejo o que não tenho e o quanto o queria ter.
Vejo a Primavera da esperança, o Verão do sonho e o Inverno da realidade.
No canto dos teus olhos, perco-me;
É lá que me podem encontrar.
Na imensidão do teu olhar, naufrago, nas profundezas dos teus olhos, soçobro.
E ninguém me pode salvar.

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Nem tudo o que brilha é ouro.Nem todas as luzes nos salvam, algumas há que nos atraem para os rochedos ou nos cegam.

Terra, Fogo, Água e Vento

Os 4 elementos. Porventura o início, sem dúvida a base de tudo. É também com eles que dou início ao meu blog. É deles que me socorro em noite escura de fraca inspiração. São eles que invoco para vencer a inércia.
Dou por abertas as hostilidades. Não se sintam obrigados a levar à letra a última frase...apenas a utilizei para conseguir as vossas benevolentes críticas e piedosos comentários ás mais fracas desculpas de bitaites que aqui serão publicados ;)