Sobe, procura, acha e irrompe. Invade. O Sol entra por entre a fresta, iluminando as calmas águas, desenhando-lhe na cara o esboço do primeiro sorriso do dia e conseguindo o que - aparentemente - a água não tinha conseguido: acordá-lo!
O relógio corre, voa, quando se faz o que se gosta e a aula chega ao fim. Tempo do duche, da barba, do segundo pequeno-almoço e da corrida para o Metro que não espera por ele, nem por ninguém. A viagem, de pé, não lhe faz esmorecer o sorriso que o Sol lhe plantou no rosto nem o demove de sacar do seu caderno e explanar o sentimento de bem-estar que lhe vai na alma. As estações sucedem-se e a caneta toca o papel, já saudoso desse contacto.
« Sobe, procura, acha e irrompe. Invade. O Sol entra por entre a fresta...»
Há dias em que as pequenas coisas nos trazem uma felicidade profunda. É bom estar vivo.