Mãos

Gostava de repousar as minhas mãos em ti, enquanto o Mundo se cansa, lá fora.
Queria que me encantasses com as tuas palavras e que me saciasses com a tua boca, mesmo que houvesse fome, lá fora.
Era bom poder fazer-te voar comigo, para longe, sem sairmos daqui, onde outros não alcançam nem vislumbram.
E depois tapar-te de noite, para que não te constipasses.
Só falta descobrires-me. E eu descobrir-te a ti. E dar-mos as mãos.
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"A mão na mão, pode ser, e é tantas vezes, a suprema carícia"
Fernando Namora
27 Comments:
Absinto :
Fabuloso! Alexandre O´Neill escreveu um texto na mesma linha de pensamento , que deu origem á canção Gaivota cantada majesticamente pela Amália, além de outros grandes nomes portugueses:
"Que perfeito coração
no meu peito bateria,
meu amor na tua mão
nessa mão onde cabia
perfeito o meu coração"
Concordo com o Namora, com o O´Neill e contigo ...
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Anónimo, at 25/5/06 10:25
Quando menos esperares...
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Pé, at 25/5/06 20:59
Um gesto muitas vezes menosprezado, mas que para mim ainda tem muito significado. Bem sei que não tenho a tua " provecta " idade, mas aos poucos todos chegamos lá ;) ( piada fácil, eu sei... )
Dar a mão e entrelaçar os dedos, até ficar ( quase ) a sentir o suor. Sempre foi, e sempre será muito positivo.
Bom post, como sempre!
Abraço
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Anónimo, at 25/5/06 22:23
Eu só tenho isto a dizer: "as mãos são os olhos da alma e todos nós somos um pouco espanhóis!!"
Ahahahahahah
Abraço
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Anónimo, at 25/5/06 23:46
Absinto:
Estamos todos de acordo. :)
Bjs
Pé:
Exacto! Pé ante pé...;)
Shooter:
Quem te ler, pensará que tenho 500 anos!! As 30 primaveras estão cá para lavar e durar ;)
Abraço
Dark Shot:
Já dizia aquela cantora pimba, a Ruth Marlene (acho que era ela): "tira a mãozinha daí, eu sei que é bom mas não é para ti" :)
Abraço
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João, at 26/5/06 12:18
Sim de facto é verdade, mas quando existe sentimento (e agora falando a sério) para mim os momentos mais marcantes é o entrelaçar dos dedos (por vezes quase conseguimos sentir o ritmo cardíaco) e o outro é uma beijo entre duas pessoas. Penso que este então é o que de mais íntimo pode existir. Muitos não concordam comigo, mas eu penso sempre que é com o beijo que tudo começa e com o entrelaçar das mãos.
Abraço e continuação de boa escrita!
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Anónimo, at 27/5/06 04:33
Acabo de entrar e gostei do que li .
Voltarei com mais tempo, para comentar.
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Anónimo, at 28/5/06 20:54
n.y.n
Obrigado pela visita e pelo comentário. Volta sempre!
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João, at 29/5/06 00:27
Hunting High and Low * A-HA
"Here I am
And within the reach of my hands
She sounds asleep and she's sweeter now
Than the wildest dream could have seen her
And I Watch her slipping away
Though I know I'll be hunting high and low
High
There's no end to the lengths I'll go to
Hunting high and low
High
There's no end to lengths I'll go (...)"
Porque há sempre coisas que nos escapam das mãos mas não nos escapam dos sonhos.
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Shhh, at 29/5/06 01:24
shhh,
Essa música é muito "old school", mas conheço perfeitamente (tb já tenho uns anitos e tal ;)
Eu diria que ás vezes há coisas que nos escapam das mãos e teimam em não nos deixar escapar nos nossos sonhos...mas nós é que temos a chave para a liberdade.
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João, at 29/5/06 16:00
pois eu acho q tudo na vida é areia nas nossas mãos...é sempre complicado de agarrar, e por vezes deixamos escapar muitos grãos q teimam em fugir por onde podem, mas há sempre aqueles q ficam na palma da mão... resta-nos fechar a mão com força e vontade... resta-nos saber guardar esses grãos.
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Luisa Seabra, at 30/5/06 10:27
Luísa,
Também é verdade, o que escreves...mas, ás vezes, também não podemos fechar a mão com muita força ou a areia escapule-se por entre os dedos. Será tudo uma questão de bom senso (?)
Bjs
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João, at 30/5/06 23:58
é mesmo...bom senso, muita tolerância, respeito, e acima de tudo a máxima "não faças aos outros o q não gostavas q te fizessem".
Quando digo fechar a mão com força, refiro não à força física sobre os grãos, mas à força de vontade, à força de carácter, à coragem!
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Luisa Seabra, at 31/5/06 16:06
Luísa,
És tão eloquente nos teus comentários, que já há malta que pensa que eu te fiz alguma!! :-D
OK, neste caso a "força" será persistência, capacidade de sofrimento e honestidade, também. De acordo.
Que a força esteja contigo, Obi-Wan! :-D
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João, at 1/6/06 22:11
Porque te conheço posso dizer que não percebo porque "continuas à solta... e porque ainda nenhuma mão te tocou e agarrou"... Há por aí muitas "cegas e manetas" e tu também deves andar um pouco distraído...
Beijinhos
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Anónimo, at 2/6/06 17:27
Olá, anónima
Não estou a ver quem seja, mas obrigado pelo elogio :) Bjs
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João, at 5/6/06 00:33
Quando queres um passarinho, não te podes aproximar depressa, nem agarrá-lo para não fugir. Há que lentamente ganhar a sua confiança e depois agir. Isto do agir foi só para rimar. :P
Também não sei a que propósito escrevi isto do raio do pássaro, mas queria deixar aqui alguma coisa para mostrar que gostei do que li. ;)
Amei a relação entre o repouso das mãos e o cansaço do mundo, entre o saciar das bocas e a fome lá fora. Está muito bonito. E darmos as mãos, acho que é das melhores maneiras de mostrar que não queremos perder quem agarramos.
Só nos falta descobrirmo-nos. Onde andamos todos? Distraidos? Abandonados?
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Z, at 11/6/06 00:31
Olá, Zofia
Acho que andamos por aí...ás vezes abandonados, num timbre pardacento, num jeito fechado de quem mói um sentimento (esta frase é adaptada de uma letra do Carlos Tê, numa canção velhinha do Rui Veloso).
Bjs
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João, at 11/6/06 17:50
Quem sente como sentes, tem o dever de fazer os outro sentirem o mesmo.
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Anónimo, at 15/9/06 18:38
moon,
Obrigado pela visita e pelo elogio.
Julguei que estes posts mais antigos estivessem aqui só a "ganhar pó", mas afinal foi com agrado que descobri que não. Só por isso, já teria valido a pena o teu comentário.
Não sei se me conheces ou se escreveste essa afirmação pela leitura dos textos. Em todo o caso, essa "obrigação" nem sempre é fácil de cumprir, como todos sabemos... ;)
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João, at 16/9/06 12:13
O que tem valor é intemporal, os teus posts não têm pó. O que escrevi foi apenas pelo que li. Só agora "descobri" o teu blog. Continua.
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Anónimo, at 16/9/06 22:22
A mão na mão pode ser a suprema carícia, só comparavel à carícia de um olhar.
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Anónimo, at 24/9/06 16:02
sara,
Tudo depende de quem nos olha e de como nos olha, mas tens razão.
E se fosse mão na mão e olhos nos olhos? Melhor ainda... ;)
Obrigado pela tua visita.
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João, at 24/9/06 20:49
Foram as saudades de ler o que escreves que me fez vir aqui.
Beijinhos
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Anónimo, at 12/12/06 19:56
Sónia,
Obrigado pela tua visita e pela tua leitura.
Beijinhos
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João, at 13/12/06 11:29
Por vezes sinto falta de acreditar que um dia venha a ter umas mãos que me possam cuidar, proteger, mimar e amar. Sinto que a solidão veio para ficar e cada vez duvido mais se algum dia amei. Este teu poema faz-me sonhar com o futuro e só assim acredito que sou capaz no presente.
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Sun, at 12/2/07 04:01
sun,
Já somos dois. Também ando um pouco incrédulo acerca disso...
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João, at 12/2/07 10:46
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