Palavras que Brotam

07 abril, 2006

Fuga para a frente




"It’s easier to run
Replacing this pain with something numb
It’s so much easier to go
Than face all this pain here all alone
Something has been taken

From deep inside of me
A secret I’ve kept locked away
No one can ever see
Wounds so deep they never show
They never go away
Like moving pictures in my head
For years and years they’ve played
If I could change I would Take back the pain I would

Retrace every wrong move that I made I would
If I could take all the shame to the grave I would
Sometimes I remember The darkness of my past

Bringing back these memories I wish I didn’t have
Sometimes I think of letting go And never looking back
And never moving forward so There would never bee a past
Just washing it aside All of the helplessness inside

Pretending I don’t feel misplaced
Is so much simpler than change
It’s easier to run replacing this pain with something numb

It’s so much easier to go Than face all this pain here all alone"

LINKIN PARK

Alguém desiludido contava, em tom de desabafo, que pensava "ir embora".
Tornar-se ermita e viver da terra, era o projecto.
Fugir das chatices, das injustiças, dos desencantos.
Por mais que nos custe, os problemas acompanham-nos.
Por mais recôndido e inóspito que seja o destino, esses companheiros de viagem incansáveis não nos abandonam.
A nossa cabeça é o seu veículo de transporte. É também nela que habita a solução.


6 Comments:

  • sim...mas eu tb já pensei na mesma coisa...montar uma barraquinha de sumos, sandes e saladas numa praia num país onde faça calor o ano todo, e viver calamente, sem grandes luxos, mas com uma paz de espírito...mas depois pensei:
    -e será q aí vou mesmo encontrar paz de espírito?
    Ficou a ideia suspensa, á espera de dias de mais coragem!

    p.s recebeste o último e enorme mail?

    By Blogger Luisa Seabra, at 7/4/06 19:44  

  • Obrigado pela visita, Luísa.
    Acho muita piada a esse projecto de vida.
    A questão é que ele, por si só, não afasta os problemas da nossa mente. Pelo menos, é a minha opinião.

    By Blogger João, at 8/4/06 20:04  

  • Muitas vezes também sinto essa vontade... Deixar as responsabilidades, os problemas, as desilusões... O problema é que deixaria cá também as coisas boas, a familia, os amigos, as conversas...ou nâo...e levaria tudo comigo, até o que gostaria de cá deixar... Enfim, como tu dizes e muito bem, a nossa cabeça é o transporte e para onde quer que vamos levamos tudo connosco! Assim, a partida justifica-se por outras razões, mas não como fuga, não adianta! Agora se a solução está connosco, e acredito que sim, só falta encontrá-la e pô-la em prática!

    By Anonymous Anónimo, at 9/4/06 13:27  

  • Yeap...quando chegamos a essa conclusão, "só" fica a faltar mesmo essa parte, não é, amiga? ;)

    By Blogger João, at 10/4/06 01:02  

  • Absinto :
    "Somewhere there´s a place, there´s a place where we belong " canta Peter Gabriel.
    Esse local aonde pertencemos (ou não, depende do ponto de vista) é o nosso ponto de partida e o nosso ponto de chegada.
    Também eu equacionei sair do país (no caso, em busca de um novo emprego), também eu fui a entrevistas a alguns pontos do nosso país.
    Corri atrás de um sonho, por mais viável ou não que o fosse.
    Enfrentei o risco de ficar longe dos pais, amigos, do(s) porto(s) de abrigo, etc.
    Mas no fundo acreditava que seria possível alcançar a meta desejada.
    Por isso concordo que a solução está sempre dentro de nós, resta-nos tentar alcançá-la ...
    Fugir dos nossos medos é sempre o pior, diz-me a experiência que tenho ,o melhor mesmo é enfrentá-los um a um, só deste modo podemos crescer e melhorar enquanto seres humanos.
    Besos !

    By Anonymous Anónimo, at 11/4/06 10:33  

  • Eu também acho. Claro que falar é sempre mais fácil, mas foi isso mesmo que disse na circunstância à pessoa: além do mais, iria ficar longe de todos aqueles de quem gosta e que gostam dela.

    By Blogger João, at 11/4/06 10:56  

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