Palavras que Brotam

29 dezembro, 2006

Ouvi Dizer


Que a paixão e o amor não conhecem fronteiras nem distâncias; que estes tudo podem e que o afastamento físico e as separações não ditam o seu fim.
Será mesmo assim? Ganhará o coração ou a racionalidade? Perderão ambos? Perderemos todos?
E se em vez do seu fim, estivermos a falar do seu início, como será? Como seria?
"Les Demoiselles D' Avignon", Pablo Picasso

17 Comments:

  • podemos dizer que não queremos gostar, podemos até dizer que já não gostamos mentindo, mas quando se gosta... o que dita o seu fim? talvez um novo amor... a razão é quase sempre tão diferente do coração...

    By Blogger viveremsegredo, at 29/12/06 11:21  

  • Fiquei viciada, hoje tive que voltar.
    A minha experiencia diz-me que não existem fronteiras. Isso é algo que foi inventado pelo Homem por ser seguro. Não vale a pena querermos separar ou entender, não importa quem ganha e quem perde. Não existe o fim de um amor, ou iniciar de outro, existe apenas viver e crescer.
    O problema do mundo é querermos entender tudo. Existem coisas que não têm explicação, o amor, o sexo, a paixão, a raiva, nem sempre se entende, sente-se, sabe-se. O Princípio da incerteza de Heisenberg é prova disso mesmo.
    Só existe uma regra neste jogo que é a vida, termos respeito por nós mesmos e não deixarmos que nos roubem.

    By Anonymous Anónimo, at 29/12/06 13:50  

  • Absinto :
    Tenho para mim que não existem regras neste jogo que é a vida (paixão, amor, amizade, whatever)...porém existe um título de 1 livro (que por acaso até já li) que espelha bem o que sinto "Vai aonde te leva o coração ".
    Porém no meu caso concreto, por vezes a racionalidade falou mais alto ...
    Mas nesta fase da minha vida , acho que vou mesmo deixar me levar pelo coração .
    Bom post - Estes desafios são bem importantes

    By Anonymous Anónimo, at 29/12/06 17:45  

  • Possivelmente nunca amei de verdade... tenho a certeza. Mas para quem vive estes sentimentos que teimanos em complicar de certo que o coração vence.
    Beijinhos e um bom ano 2007.
    PS - ainda te quero ver este ano...

    By Anonymous Anónimo, at 29/12/06 18:06  

  • viver em segredo,
    É verdade, a razão é, por vezes, muito diferente do coração.
    Bjs

    Anónima,
    Deixa lá, há vícios piores...se bem que tb te podias ter viciado em algo melhor, mas enfim...:-)
    Tanta maturidade, tanta experiência de vida até podia ser facilmente confundida com desprendimento...bem, numa ou outra coisa, estamos plenamente de acordo: não importa quem ganha e quem perde (até porque normalmente perdem ambos ou ganham ambos) e o mais importante mesmo é o respeito por nós próprios. De resto...isso agora dava pano para mangas! :)
    Bjs

    Absinto:
    "Vai aonde te leva o coração"...acho que isso consigo fazer. Ficar lá já é outra coisa bem diferente...
    De qq forma e no teu caso - se posso dar a minha modesta opinião - acho que deves deixar-te levar mais um pouco. A vida não espera por nós, moça. ;-)
    Bjs Grandes

    Sónia,
    Eu já amei uma vez e posso dizer-te que doeu para c....
    Sinceramente, o que sinto em relação a isso é ambíguo: gostava de reviver o sentimento, mas tenho "miúfa" de voltar a passar pelo mesmo. Em todo o caso, não acredito a 100% que não existem fronteiras ou obstáculos. Eles estão lá. Existem.
    Tb gostava. A ver se combinamos algo! :)
    Bjs

    By Blogger João, at 31/12/06 01:41  

  • Hoje não resisti...resolvi deixar aqui algo...gostei do texto!
    Devemos deixar ganhar o coração, quando assim não é, perdemos todos, perde inclusivé a racionalidade...!

    “Agora já compreedemos que cada homem é diferente do seu semelhante, por causa do pássaro da alma que tem dentro de si.
    E o mais importante-é escutar logo o pássaro.
    Pois acontece o pássaro da alma chamar por nós, é nós não o ouvirmos.
    É pena. Ele quer falar-nos de nós próprios.
    Quer falar-nos dos sentimentos que estão encerrados nas gavetas
    Dentro de nós.”
    Michal Snunit

    By Anonymous Anónimo, at 31/12/06 03:04  

  • João:"Só para começar, quem quer amar tem que deixar...".(Rosalia de Souza - Tempo Futuro)

    Há coisas que acontecem poucas vezes na vida e erro seria não vivê-las. Acho que depende de ambos e da sua força de vontade...
    Ainda tinha muita coisa por dizer relativamente a este assunto, mas hj n devo estar inspirada. Tb já vi (e tb li as tuas respostas nos comentários anteriores)e apercebi-me do teu "desacreditar" no amor, independemente da distância. Acredito que haverá um antídoto algures perdido na mente e coração que curar-te-á desse "mal" quando menos esperares.
    Despeço-me, desejando que o 2007 te aqueça mais o coração e te faça acreditar que vale a pena amar novamente.
    Cumprimentos da amiga Insónia que hj n me largou, e claro, os meus habituais beijinhos. Tudo de bom.

    By Blogger Shhh, at 31/12/06 06:18  

  • Exitem garantidamente vicios saudáveis e ler o teu blog é um deles, os outros reservo-me no direito dos guardar para mim :-p.
    A experiencia nem é assim tanta e o desprendimento muito menos, apenas tenho vindo a descobrir que passamos a vida a lutar contra nós mesmos.
    Como deves saber Pablo Ruiz Y Picasso tinha uma máxima de vida que era "Eu não evoluo, eu sou. Eu não procuro, encontro" É peno não sermos como os outros animais que aprendem com a experiencia dos nossos antepassados. Nós insitimos em viver tudo de novo.

    Um beijo e um ano de 2007 cheio de encontros, sorrisos e alguma lágrimas ;-)

    By Anonymous Anónimo, at 31/12/06 16:27  

  • anónima,
    Eu já tinha ouvido isto algures...e até "me cheira" que sei quem deixou este comment...ai, sei, sei!! :-)
    Nós deixamos...mas ele ás vezes não ganha! ;-)
    Beijinhos grandes para ti (e para a T., tb)

    Shhh,
    Este post funciona também como um exercício de mente: será tudo possível ou haverá apenas aquilo que gostaríamos e aquilo que nos é possível viver, num mundo que não é perfeito?
    Quanto ao antídoto de que falas, eu não sei se existe ou se já fabricaram algum, mas eu tenho esperança que algum dia apareça! ;-)
    Bjs grandes

    anónima,
    Obrigado...ainda bem que gostas do o ler! :-)
    Passamos a vida a lutar contra nós mesmos...sendo que, grande parte das vezes, somos nós o nosso principal inimigo.
    Sim, no que toca aos afectos, a nossa capacidade para amar alguém só é comparável à total ausência de pré-cognição sobre o assunto. E depois é vermo-nos a dar grandes cabeçadas na parede. Faz parte...só é pena ás vezes ficarmos com traumatismos tão grandes. Um grande 2007 tb para ti. E que as lágrimas sejam só de felicidade!!! ;-) Bjs

    By Blogger João, at 1/1/07 17:01  

  • Se não tivesses já batido com a cabeça não serias garantidamente a pessoa interessante que aparentas ser. Por isso os traumas são apenas pequenas cicatrizes que nos tornam mais fortes. Em relação às lágrima, chorar lava a alma :-p. Se for então por cortarmos cebola para preparar um belo jantar para dois então, vale mesmo a pena. :-p

    beijo

    By Anonymous Anónimo, at 2/1/07 00:42  

  • A solução para tudo, pelo menos para tudo que tem a ver com relações humanas, reside dentro de nós.

    Não vale a pena procurar o antídoto para o quer que seja, nas prateleiras de um supermercado, nas prateleiras que os outros encerram.

    É no nosso sótão empoeirado que temos de nos mexer… é aí que temos de pôr a alma a trabalhar. Escada acima, escada abaixo, à procura daquele “trauma” irritante e da libertadora palavra de guerra…

    As relações têm tanto de lixadas, como de bom… todos trazemos bagagem atrás… e por vezes a nossa é um bocadinho maior do que necessário. Simplesmente porque não a arrumamos como podíamos…e por isso não reflectimos no que devíamos ter feito de diferente.

    A psicanálise dói, porque nos obriga a pensar no assunto objectivamente! A culpa deixa de ser dos outros ou do universo (em proporções astronómicas) para passar a ser muito nossa.

    O que interessa é identificar que temos de bom e fizemos bem… e continuar a fazer isso na próxima relação. Não deixar que o medo de sofrer de novo, nos enrole sobre nós mesmos, deixando-nos libertar apenas o que é seguro, o que é tecnicamente confortável…

    A ideia é melhorar o que fizemos de menos correcto, não cortar no que estava bem!

    É claro que vamos sofrer, é lógico que não podemos saber o que o outro vai fazer...inequívoco que até a melhor amizade ou relacionamento amoroso têm dias negros…

    Mas a única coisa que realmente está nas nossas mãos, é mudar o que depende de nós ( e se agirmos mais e reagirmos menos… isto é sem dúvida mais fácil)

    Acreditem isso pode fazer a diferença.

    Mais fácil de escrever do que cumprir? Sem dúvida… mas não é suposto ser fácil.

    :)

    By Anonymous Anónimo, at 2/1/07 15:46  

  • anónima,
    Cicatrizes pequenas? Hum...ok, seja. Há que começar o Ano com algum optimismo! :-)
    Eu cá acho a hipótese da cebola bem mais apetecível que a outra...se tiver mesmo que ser para chorar :-)
    Bjs

    By Blogger João, at 3/1/07 00:51  

  • anónimo/a
    Quantas verdades neste teu comentário!
    A necessidade de arrumar o passado, a procura de ser um ser melhor, a introspecção e a capacidade de auto-análise e auto-crítica, a inevitabilidade de alguns acontecimentos que não controlamos...
    Eh pá, que posso mais dizer, senão..."ganda comentário!" ?
    Não me estava a referir à extensão do mesmo, note-se :-)
    Obrigado

    By Blogger João, at 3/1/07 01:07  

  • Olá!
    Achei este post pertinente.
    Nunca estive em tal situação mas acho que só gerindo muito bem a distância entre dois amantes a relação poderá resultar. Caso contrário o fim está ditado.
    Aquela célebre frase "Olhos que não vêem, coração que não sente", serve para ambas os lados.
    Penso que no fim todos perdem um pouco, saem de tudo isto quer resulte quer não, mais maduros, mais crescidos, mais fortes!

    Gostei do teu blog, Parabéns!
    Beijinhos

    By Blogger Lu, at 4/1/07 12:13  

  • luciana,
    Achei o teu comentário muito pertinente. Muito, mesmo. Mais que não fosse para dar alguma pluralidade de opiniões ao "debate". :)
    Obrigado pelas tuas palavras.
    Bjs

    By Blogger João, at 4/1/07 15:40  

  • Esta é uma questão na qual já pensei algumas vezes e acredito que o amor é mais forte. Quando existe ultrapassa as maiores distâncias como a morte e o tempo.

    By Blogger redonda, at 19/4/07 12:45  

  • redonda,
    Acredito que sim, mas ainda não consegui chegar a nenhuma conclusão sobre este tema.

    By Blogger João, at 19/4/07 13:58  

Enviar um comentário

<< Home